[Invasão] - A Convocação

O lugar onde o corpo jazia contia luz abrangente e um lado que fazia a correnteza se requebrar em profunda rendição.  A jovem loira que estava na posição de lótus ao centro de um jardim, respirava atenuando a decendenciã de Siddharta. Sua mão parou de ter o paradoxo sereno até uma linha lhe convergir na cabeça. Seus olhos azulados se arregalaram e os lábios se moveram sem professar nenhuma palavra.  A energia redundante que tomava seu corpo a fazia tremer que nem um doente de parkinson tomando uma leve gravidade ao se erguer. O cenário de repente desapareceu. Da luz linda e tão clara a escuridão a tomou. Uma roupa indiana cheia de traços triangulares e retas, desapareciam para dar presença ao roxo irritante  da couraça que sustentava o seu tórax. A feição jovial foi tomada para um mais descuidado, com certos cortes no rosto, mas nada de grave. O peso da bota em seu pé fazia um barulho da sala que ia até o corredor. Percebia que sua alma  não queria cogitar com a  ideia de viver na era da morte, apenas aceitando o bom e velho lado carnal. Sem muita pretensão do que queria, Manjari andou pelas prisões até ouvir a voz alta, branda e grossa de Mephisto o que a faz torcer o lábio e revirar os olhos. Quando entra na localidade, a loira se camufla entre as sombras e expulsa a pouca sanidade que ali ainda existisse saindo por trás de uma das pilastras com os olhos ocultos e em silêncio ;

— … - Sua má educação não faria diferenças já que a presença para o que estava prestes a ocorrer fosse importante. Ali era uma simples serva que observava os lances na sua hora certa se revelaria no baralho.

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Inferno
Acordos
Sem paciência

Aquele ar pesado que trazia os gemidos dos mortos, pareciam quebrar totalmente a sanidade da mulher em sua tentativa frustrada de se comunicar com Siddharta. Agora tinhas as pálpebras pesadas com um ar sério carregado no rosto, o mesmo de sempre. Aproximou-se revelando uma postura manqueada, mas que transmitia severidade aos olhos azuis se abrirem e os lábios ainda permanecidos fechados, era uma arma exclusiva de intimidação. O peito do pé atingia as luzes, e um arrepio frio subia por sua espinha até com aqueles fios de cabelos que estavam tão fixos no ar, virassem conforme um movimento involuntário ao parar ainda distante do outro espectro com certa rebeldia na cabeça. Fincou a visão no solo até subir a vista sem o medir dando ouvidos para as seguintes falas. Em seu cérebro uma peça foi movida no tabuleiro e o coração acelerou.

Conteve certa aceleração em seu sistema sanguíneo até revelar um olhos diferenciado. Puxou um traço, ou seria um sorriso aparente. Desmotivada de forma alguma, seu corpo esquivou a reta em que convergia para frente dele onde pendia uma escadaria de estrutura arredondada. Aparentava ser um centro de algum espetáculo, um show de horrores. Seu dedo, foi até o canto menos destacado dos beiços e refletiu antes de responder. Tinha uma expressão tão séria. Tal de quem nunca esteve de brincadeiras. O tom sublime da cúpula indiana invadia a mente o que deixava, seu humor em um equilíbrio perfeito. Ficou comedida ao pensar nas próximas respostas que ele poderia vir a dar assim também como de forma,  não tolerava aquelas coisas mesmo que percebesse que para uma mulher estar em algum posto,alto no inferno algo de ‘impropício’ talvez tenha feito. Tomou a dedilhar o firmamento prateado do chão que os comprimia até deixar algumas mexas tomarem conta de sua face :

— Isso só devo mostrar quando entrarmos em perigo. - O formato oval e baço, se virou até ele num ar de frenesi até suas mãos pararem acima da coxa. — Devo perguntar antes de mais nada, o que tem em mente. - Respira numa pausa breve e cálida. — Eu como a quinta pessoa perto de Hades e talvez não tão importante quanto os demais, também deve saber das correções futuras. - Equipara um ponto de visão apurado para a porta como se precavesse de ele se recusar por somente uma presença :

— Aconselharia acima de tudo, dizer antes de todos. Estou certa de que as coisas não sejam tão simples. - Meneá a mão movendo mais uma peça do seu tabuleiro cerebral.

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Inferno
Acordos
Sem paciência

 
Uma má educação. Um triunfo para o que ela pensava. Não queria responder de certo aliás, nunca soube uma resposta abrangente para o que ocorria o que isso a cercava de dúvidas. Deixou o dedo profuso percorrer uma reta até parar na requebrada do chão e reabrir a pauta :

— Fui favorável para algumas coisas que Hades se interessou, como a isto que você veio solicitar. E respondendo-lhe,  foi dando credibilidade ao que se passa entre mim e ao que Hades deve de pensar, ficarei para observar e quem sabe... - Neste segundo, ela chutava a pequena lasca do chão com o dedo indicador e polegar como suporte. — Me divertir também. - Fez-se sua seriedade ao encaixar o complemento em sua frase final. Os olhos azulados dela se cerraram e a mão culminou-se fechada.  A cabeça caiu para frente junto com um jarro de fios louros até ressonar :

— Apenas espero que meu tempo não seja desperdiçado. Para mim, cavaleiros são um gasto de tempo insolúvel e irremediável para que demos cabo, não há um grau complexo para que façamos isto. - Põe um enlace, sua carta na mesa esperando a jogada do outro. 

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Inferno
Acordos
Sem paciência

 
O ouvira de fato, não o fez ser uma pessoa tão bruta. O escutou no entendo, parecia que sua mente cogitava a renegar o que ele mesmo pensava. O pulmão compreendeu o ar lívido tomando coragem para continuar suas reflexões. Ver que Athena estaria indefesa, seria um prazer no entanto, o que vinha depois da conquista não lhe agradava. Mesmo ter tido atingido o ápice da confiança de Hades, tinha seus receios, talvez por ser uma pessoa um tanto inconstante isso possa ser extremamente normal. Afagou os cabelo e novamente voltava a sua vista para a entrada desta vez, com um olhar carregado de certa fúria em seu interior. Uma mudança constante de psicológico que poderia trazer problemas. Ao fundo mesmo não existindo as águas, uma pétala da flor de lótus caia e o dedo dela, profuso e carente de um suporte, delineou o piso já sujo pelos passos e pela poeira que sempre comprometia a localidade :


— Manjari... Ou Ksenia, da melhor forma que o couber. - Ela respondia tentando se manter calma. A mão tombara para o lado onde seu corpo pendeu de pé caminhando pelo recinto. Tinha os dois braços, fixos para trás de forma que fazia transmitir respeito. Refletiu sob a cúpula grega de entonar genuíno, uma linda obra de arte até virar-se rumando ao o outro :

— Os outros parecem não convir com o que pode acontecer. - Pausa e respira.— De fato, não sabem mesmo... O que pode acontecer. - Mená a cabeça para um lado e para o outro, chacoalhando momentaneamente.

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Acordos
Sem paciência