Saint Seiya Destiny

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Fórum Role-Playing de Saint Seiya


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    [FP] Manjari de Atavaka

    Manjari de Atavaka
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    Mensagem por Manjari de Atavaka 29.10.15 23:32

    MANJARI DE ATAVAKA
    Entre a salvação & Agonia

    Nome:  Ksenia Florjan Manjari   - Vulgo, Manjari de Atavaka
    Idade:  25 Anos
    Sexo:   Feminino
    Signo:  Aquário
    Reino:  Hades
    Veste:  Sapuris de Atavaka

    Físico 

    Cabelos loiros e pele pálida. Possui tatuagens ao longo do corpo, Ksenia não vê algo que intervenha ao propósito de seu gosto indiferente no físico. Adapta de certa forma um conceito próprio não a tornando diferente dos outros espectros, mas que a faz ter apenas um certo ponto único. Por seguir a crença budista, Manjari  não se impõe com vestimentas chamativas  e nem mesmo a situações que acarretem em sua compromissão ao corpo e um lado pecaminoso. Sim, vendo-se por este lado pode-se tirar que jamais a verá desfilando de vestidos acima dos joelhos ou de uma conduta tão baixa. Ela no jeito que detém suas posições, provavelmente sempre trajará não sendo a patente concorrida, uma espécime de burca ou então, véus que se entrelacem ao seu corpo apenas transmitindo o enlace de sua religião. 

    Psíquico

    Alguma vez, deu-se por ler um conto de fadas? Múltiplos mitos e enredos que o fez ficar cada vez mais fora da realidade? Isso tudo só se vê de uma mão inspiradora isto é, o escritor hábil e tão fixo ao seu ofício. Foquemos agora numa pessoa banida deste privilégio. Viver em mundos diferentes adotando a doutrina das reencarnações era o cume de uma maldição. O espectro suave e da impotente variação hormonal, é reclusa e introvertida mantendo-se estável dentro do seu próprio mundo. Taciturna, Ksenia é do tipo de mulher que raramente fala, jamais chora e quase nunca sorri. Uma mulher de espírito altivo com as descrições refinadas de uma boa líder. A medida que vive no Inferno , a convicção que o lado mais frio é o certo cresce e isso deve-se a sua experiência na crença relutante na fé que infelizmente lhe falhou. O disparate destes eventos que marcaram seu passado fez a boa estrategista de hoje. 

    Morte? É algo muito saboroso de se ouvir. As vezes, lançar-se a luta sem querer saber qual dos dois lados que dentro de si é o certo já pelo simples favor de batalhar e sentir o pânico a corrompendo já lhe proporciona grandes satisfações. Seguindo o mesmo tabu de seu deus representante, vulgo Hades, ela é pouco vista no palácio habitando os ambientes quando lhe traz garantias - premiações é o principal desejo que a mesma sempre enseja - junto com sua fidelidade que possa-se ser mediana. Não é a típica mulher “machista” assim tão dominadora como terceiros. Crê com convicção que tudo que quer, chegará em algum momento em que saberá analisar a situação e foi isto realmente, que podê ter vulgorizado para que chegasse no posto de hoje. Acredita-se que tudo tem uma medida, um cálculo certo. Tudo tem sua ordem natural e isso a faz ser o que é “ Instável, a fortaleza se parece uma âncora.” 

    Técnicas

    Habilidades

    História

    158 - Grécia - Campo desconhecido
     

    Borboletas purpúreas esvoaçavam, asas empoadas de ouro, visitando as flores uma a uma; lagartixas surgiam das fendas do muro e vinham se aquecer ao sol muito claro; romãs estalavam, rachando ao calor, mostrando os sangrentos corações vermelhos. Até os limões de um amarelo pálido, que pendiam profusamente das velhas latadas e das arcadas sombrias, pareciam ter uma cor rica sob a luz maravilhosa, e os pés de magnólia abriam os grandes globos de suas flores de marfim, enchendo o ar de um perfume pesado e doce. Por trás das paredes, um corpo transitava com poucas forças escorada na parede. O ferimento, parecia ser melindroso demais para a gaze que comprimia ao envolvo do estômago e as mãos cobertas de sangue, faziam exalar ainda mais a fúria do caçador. Aos poucos numa tentativa relutante, o sujeito tentou ir para frente, mas sentiu uma forte coação no peito e caiu sem vida :

    — Ksenia...Arrhg.- Sussurra para o céu. Após a palavra escapada, a cabeça foi abaixada e o sangue desvaiu do corpo tomando o vermelho pelo todo recinto e a mão, apertava uma mecha. O homem saia das escuras e via seu alvo com o rosto sem ferimentos contra o chão. Apia seu braço em seu joelho e vira os braços para conferir algum corte, mas o que vê apenas é dois pontos escuros em sua testa e ficou um tanto surpreso. Hesitou e levantou-se indo para trás descontento e logo se viu cercado por uma completa penumbra. Preço de uma ambição. 

    200 d.C - Índia
     

    O templo estava em seu dia de festa naquela tarde : Luzes azuis e amarelas, aromatizavam o cenário e fazia com que a beleza exalasse por todo o recinto. As crianças mais novas, andejavam com cestas cheias de frutas e os mais velhos, traziam incensos e mais para trás quem visse, uma pequena garota trazia consigo uma pequena boneca ornada de diversas cores e com múltiplos enfeites. Seu rosto era jovial e normália como de qualquer outra criança… Ou pelo menos, até aquele momento. A visão de sua irmã gêmea caminhando e esbanjando beleza, a fazia ter gracejo e ao mesmo tempo apreensão. Via ela caminhar rumo a um velho vestido com uma couraça dourada e que em suas mãos, portava um pequeno baú. Enfim parecia que riria desaparecer aquela enorme dúvida ; A mão pálida da outra tocou e de repente, o cenário parecia estar todo escuro. A menina não enxergou o que ocorreu, pois, parecia que uma fenda lacrou seus olhos bloqueando a ação. Apernas, quando conseguiu se livrar do “percevejo”, um corpo instável e moreno estava ao seus pés. Seus olhos, turvaram-se em lágrimas e o tecido que encobria sua cabeça caiu ao chão. Seus joelhos se dobraram tendo contato com o solo e a mão foi rente ao corpo da companheira como símbolo de luto. Perguntava angustiada a todos quem a matou ou se quem viu apenas o delito, todavia não conseguiu respostas. Ela notou as expressões deles, tão mortas e tristes que com os dedos apontavam prontamente ao seu peito esquerdo. A vista dela quis acompanhar e ao fintar a região, viu uma mancha vermelha que multiplicava-se em questão de segundos, a desvair de seu seio até perder o vigor do sangue e cair contra o tapete. 
    A boneca? Viu o que estava prestes a ocorrer. 

    Polônia - Ksenia
     

    Em um solo gelado e coberto por pedregulhos, velhas árvores balançavam lentamente seus galhos torcidos. Um corpo pequeno trajetava lentamente silenciosamente pelo gelo. Sua mão próximo da boca, deixava  o vapor quente transmitido de seus lábios a vaguear uma onda de calor intensa por todo o corpo. A pele era pálida, desacostumada com o sol e os olhos, claros como o céu límpido naquele rigoroso inverno. A criança vagava quieta e tinha um ar cansado em seus olhos mostrando-se outrora uma águia, capaz de enxergar os mínimos detalhes e outra, exausta. As botas que protegiam seus dois pés do frio, já estavam muito cobertas pelo gelo e minutos depois, já não iria conseguir se locomover. Por sorte, atravessando dois troncos de árvores tombadas, dava-se o acesso para o coração de sua cidade... A tão saudosa, Varsóvia. Os sobre-saltos para perto de sua moradia, arquejavam uma postura delicada pouco gracejada naquela altura. A boneca com forte pressão dada pelo braço da menina, via tudo com muita evidência. A porteira foi empurrada e o pé de calçado pequeno marcou o portal da porta entreaberta. Ouvindo vozes, a pequena notável ficou ali apenas vendo por uma pequena fenda, o falatório. Visou um homem de aspecto jovial e roupas nobres como a de um comissário. Equilibrava uma taça com vinho e via o líquido borbulhar enquanto dirigia-se com rispidez para sua mãe. Sabendo que de fato, era uma simples menina Ksenia, continuou a assistir até ver um tamanho reboliço : O sujeito lançou-se de ímpeto em direção da mulher que o observava e empunhando a força feroz em seus braços, maquinou para frente com violência levando o corpo dela contra a parede. Os impulsos da pobre filha não puderam ser controlados ao com velocidade bater com a mão na porta, e revelar seu rosto liso. Olhos claros deparados com formidável beleza daquele homem, fizeram evacuar, mas instantaneamente, retomava o passo a frente para fintar ainda mais a espessura daquele firmamento azul da íris. A mulher, livre das mãos frívolas do homem, recuperava fôlego todavia, ao ver sua filha em perigo, pegou na faca acima da mesa e correu para cima :

    — LARGUE ELA! - Disse num tom alto , capaz de ser um brando. O moreno se virou esquivando-se da laminada e potente matéria e espalmou o pulso da mesma apertando contribuindo com a baixa guarda. Os joelhos daquela camponesa, tocaram o chão e os fios desgrenhados caíram sobre o olho. O outro encarou friamente e entonou :

    — É ela não é? - Com a pergunta, a mais velha começou a chorar e manejou com a cabeça negando. O forte psicológico daquele párvulo grego, não caiu em contradições para com a proteção da patriarca com sua filha. Passou a unha delinear pelo rosto dela e riu desdenhosamente largando o corpo pelo assoalho. A figuração dos olhos ficaram arregaladas e assim os dedos estalaram-se. O paletó bem passado foi marcado pelos flocos que adentravam a casa e com uma corrida e meia, ele tocou os cabelos pretos da garota. A genitora ficou imóvel e viu o rosto de seu rebento mais uma vez. Tudo que seus lábios agora pôde pronunciar foi apenas :

    — CORRA KSENIA! - O excelentíssimo dogma urrou de ódio e com isto, fez a garotinha ir para trás tombando com a madeira velha da porta e correndo a estreita pela neve. Uma corrida longe fora esquivando de árvores e pequenos jacintos de liláceas foram pisoteados. A boneca ficou vigiando o que estava nas costas da dona no caso, o nada. 

    Anos depois - Tempo de dor e tempo de glória
     

    Era como o sol iluminada, mas era negra e tão instável como a lua. A menina cresceu afastada da região de nascimento e mesmo assim teve que comer o pão que o diabo amassou que assim sua mãe deixou migalhar. Quando deteve seus 10 anos mesmo que passasse a infância nas ruas, Ksenia teve que se acostumar que aquilo não lhe pertencia e mesmo que não soubesse para onde ir,  tinha aquela ânsia de voltar para algum lugar. De certo muitas pessoas sabiam da história de Ksenia que mais tarde foi comentado com a mesma entretanto ditando melhor sobre sua história, marquemos o dia principal no qual se diz ser a sua salvação : A aurora prateou a silhueta das colinas e os olhos claros que um dia a terra há de comer, abriram marcando mais um dia nas ruelas. O corpo que ainda estava rígido contra bancada de mármore ao pé de uma capela, se era erguido lentamente e sua mão suja limpou o olho empurrando para as laterais as remelas amareladas. O estômago roncava, mas forçada a não demonstrar perante mercadores ou a própria população sua vontade tinha que abaixar a face e aguentar friamente tamanha dor. Por aquelas redondezas, antes do sol despertar um grupo de mulheres havia partido do tal santuário de Deus para fazer as procissões e como demandada época, o culto festivo era o santo protetor daquela cidade o trabalho era redobrado. Na volta, quando elas já tinham alguns costumes estirados entre os braços e uma cesta de pães frescos colhido fizeram chamar a atenção da pequena que melindrosamente ficara manhosa deixou uma pequena lágrima, a escorrer pela lateral de seu rosto indo diretamente salgar-lhe a boca. O que parecia querer ser escondido aquela ação, uma das superioras de cabelos ruivos e pele alva percebeu tamanha condolência da pequena criança e num gesto humilde tomou uma aproximação equivalente  de um passo e abriu os braços com uma face acolhedora :

     — Você está bem? - Inquiriu. A loira colocou a cabeça entre os joelhos e meneou com a cabeça numa forma negativa. A pertencente de madeixas ruivas, então mordeu o canto inferior do lábio e olhou para trás. Viu as demais superioras a dar um empurrão demonstrativo com o olhar concordando com o primeiro salto da boa ação. A tal então se virou e lançou o braço pelo entorno dos ombros da criança e a puxou até vê-la ficar de pé perante a ela mesma. Dobrou o corpo para virá-la em direção do portão de laus da igreja e repuxando com as outras, abriu ali uma brecha e adentrou com sutileza para dentro do recinto. Quando os olhos claros da garotinha depararam com a explosão de cores vivas e as belas vibrações da localidade, ficou parada e contemplou tal beleza durante um tempo. As três cortesãs, entreolharam-se e fintaram o altar… Por lá tinha um senhor com testa franzina observando-as de longe. As mãos pálidas e murchas estavam perpendiculares uma a uma no seu lado em cima da mesa com o castiçal dourado ao centro. O óculos redondo caiu para frente em 1 centímetro mostrando tamanha demonstração de atenção :

     — Quem é esta menina? - Perguntou. Le Roux, um bispo velho que viera de Paris para servir o novo cerco bizantino em Varsóvia, mas não contente com tamanha mudança ficou sujeito a ser amargurado e ter totalmente expulsa a santidade que tinha antes de viagem. Pela afronta seu olhar assomou como diversas balas de um rifle em direção das três e tomando cabo de reagir, a mais velha dentre elas deu um passo a frente e deixou uma face serena a tomar a pauta :

     —  Encontramos ela do lado de fora bem aqui nos degraus de bronze… Está com fome e com frio… A pele dela parece estar mais pálida e pouco sadia senhor. E como aqui é a casa do senhor nosso Deus, achei melhor acolhe-la por uma noite até amanhã decidir algo que seja melhor e plausível a ela.  - Explicou. Porém cada palavra não surtiu efeito naquele tão severo ser. O contrário, apenas o fez descer da altura que os separavam e a ficar passos de separação e assim levantou seu dedo indicador chamando a atenção das três para dentro do sacrário. A ruiva que estava atrás da criança, apertou seu ombro e esquivou-o indo para frente. A outra ofertou-a com um pão e apontou uma cadeira que estava parada do zelador da abadia. Então, Ksenia se virou e sentiu a forte brisa matutina a sibilar ao seu entorno e com cuidado sentou-se com o alimento nas mãos. Quando já sumiram tais silhuetas, a morgada largou o pão de lado e com uma certa disposição, desceu da cadeira e começou a vagar pelo corredor. Encarou as estátuas tristes com um olhar ferido acima de seus pedestais de jaspe e desandou para trás numa dúvida cercada. Quando reverteu seu corpo para a porta, um rosto oculto entrou na igreja sem denunciar um ruído e andejou até os bancos. Lá, ajoelhou-se com lentidão e prostrou as duas mãos unidas ao centro do eixo do rosto. O feito era de uma reza, mas fora aquilo a tamanha personificação do homem chamava a atenção da loira que depunha os pés calços para frente até ouvir a respiração ofegante dissipada pelo outro. Sua mão emporcalhada subiu no ar e delineou o formato da cabeça baixa que e supetão se erguera e num salto e deixou o cenário num passe de mágica. Como uma tão intolerante e pura criança, a menina arregalou os olhos e correu para o outro lado do salão a procura do sujeito. Resistindo até alguns instantes a menina tomara uma conclusão de que sua imaginação devido a fome, fosse começar a entrar em curso como primeiro fator a hiperatividade. 

    •••

    A discussão se desenrolou no compacto projeto de alçapão sobre várias conjeturas. De tudo o que eles disseram referente a estranha, não entrava no acordo. Somente no fim pôde-se tomar a decisão certa de ter uma permissão concedida contudo um prazo ia ser tirado. Quando evacuaram a localidade, um sorriso maquiou a face da superiora e das noviças e com um certo jeito engenhoso abraçou a menor e assim puxaram-na para o lado mais afastado da igreja onde eram abrigadas. O quarto tinha pouca luz  e tinha as paredes marcadas pela umidade vinda de uma sala  arquiteta bem atrás funcionando como um sótão. Maquinada pelo amor a primeira vista as donzelas puxaram alguns acentos para envolta da visitante e trouxeram ; água, azeite e um tufo pequeno de algodão. A mais atenciosa vertiginou as manchas ao entorno do braço de Ksenia e impulsivamente introduziu o a rodeia de hidrófilo no azeite até estar encoberto pelo óleo. Passou sobre o braço da menina e enxugou com um pano tecido a linho :

     — Qual é o seu nome minha pequena? - Demandou a mais velha.
     — Ksenia… - Disse com uma certa pressão abafada. Uma das duas tentou proferir com um certo sotaque, mas deixou de lado ao reconhecer tal expressão facial e finura no queixo. 

     — Quem era sua mãe? - Observou a madre. — Vejo que tem um traço fino do queixo assim como uma antiga… - Nesta hora sua consciência pesava, mas tomava coragem para dar continuidade.— Velha amiga minha. - Encerrou. A fidalga suspirou um tanto consternada e respondeu :

     — Korasma…  - Resumiu.  — Mas de certo não sei o que aconteceu com ela… Falaram que a morte dela foi muito silenciosa e que era meu dever seguir o mundo sozinha. - Explicou. A madre sorriu, mas com a descoberta da suposta progênie que tal até então dissera a fez relembrar de seu misterioso passado. Nada se sabia em relação aquela apenas que no começou quando estava no aflorar de uma juventude devoluta, tivera que ser trancada no convento por uma paixão louca que fizera ferver o sangue aos olhos dos pais. Fora aquilo com a relutante e tão instigada vontade da mesma, resultou numa liberdade futura entretanto também, a uma morte tramada na própria casa. Voltando a notável, seu coração palpitava com medo. Sabia que crer nos humanos era como crer na perdição, no entanto ao mesmo tempo tinha completo fervor no ato delas. A partir dali, desde o algodão como curativo algo demonstrativo fora crescendo. Foi dali que quando passou os dias, a menina podê conviver em paz e ser cuidada pelas “santas”, mas pouco tempo depois as coisas iam de mudar. Ela crescia dominando o culto da religião e junto com as orações, promessas e metas, constituiu muitos objetivos. Le Roux, que via sempre os avanços da aprendiz não dissimulava-se satisfeito e tudo que ela fizesse ele acreditava que era pouco. Um tratado, assinado secretamente por ele quando ela completou 15 anos, certificava que teria um novo lugar ao completar 18 - ou ter maturidade o suficiente - de encarar um sistema ditatorial :

    — Excelentíssimo, Le Roux… A que devo a honra? - Demandava o dirigente do gabinete central das ordens nacionais.
    — Não há nada de muito importante meu jovem… - Sussurrou adentrando a sala, o bispo com um cajado a suportar seu corpo.  — Vim tratar sobre o ingresso de uma jovem, daqui há 3 anos em seu exército.- Delatou. As costas largas do dirigente, relaxaram encostando-se no espaldar da cadeira giratória. Uma face série dado ao não entendimento do entonamento do ser espiritual. 

    — No caso, atualmente ela terá 15 anos? O que o faz vim fazer esta oferta? Devo dizer desde já que não é aceito mocinhas prendadas já que aqui exige-se mulheres brutas para os campos de concentração! - Afirmava o mesmo com os dedos colados mostrando-se sábio. o ancião sorriu e deixou uma foto em cima da mesa :

    — Ela viveu anos na rua...  - Debutou. — Algo muito feminino não vejo nela… Até a cicatriz das costas que vi ao batizá-la e a de seu lado esquerdo do peito demonstram ser bem violenta as vezes. Tanto ao motivo meu caro, as noviças se encantaram por ela, mas para mim não passa de um empecilho. Uma garota morta de fome que já ficou por lá 5 anos e não quero ver adulta lá dentro! - Exclamou. Admirando a admoestaria severa do senhor, o rapaz concordou e estendeu a mão para cumprimentá-lo. A boca enrugada esticou com gozo e um trato era firmado. 

    5 Anos depois - Partida da Igreja

    A primavera fazia das amendoeiras um espetáculo especial  que só floriam naquela época do ano. As madres e noviças saiam a colheita para enfeitar o jazido do padre Reighart, morto há dois anos atrás vítima de uma forte gripe espanhola até quando na volta, foram surpreendidas, pelo responsável dos tratados militares ali, ao lado da imagem de Jesus Cristo com o blazer entre mãos. A mesma ruiva que havia recepcionado Ksenia, no colorado da igreja abeirou-se do quidam :

    — Posso ajudá-lo ? - Perguntou. Ele sacolejou a cabeça confirmando e deixou um semblante sorridente (falso) a saltar da face branca :

    — Ksenia… Gostaria de buscá-la para levá-la no batalhão militar. Já que ainda é cedo, quero aproveitar que dê tempo de você descansar.  - Todas ficaram pálidas com a frase. As que já conheciam Ksenia, contentaram-se para não ter convulsões apopléticas, até quando o sacerdote puritano saiu dentre as sombras frescas das folhas verdes oscilantes do ambiente :

    — Ksenia acompanhará este senhor, para o campo de concentração.- Apoiava o ombro na pilastra. —  Não teria lugar certo aqui já por ter muitas noviças… Então? Por que não lutar pela sua pátria? - Completava a citação. O olhar das demais ainda eram de reprovação entanto, passar por cima da palavra de um superior era algo banal de se fazer : 

    — Temos apenas dez noviças, Andresco! - Vociferava a mais velha. — Se Ksenia entrar, recebemos de braços abertos mesmo tendo pouca estrutura. - Acrescentou. Todas procediam uma face espirituosa de que a situação se reverteria, mas nada nobre ocorreu do discurso. Conrrad, o dirigente via-se como um vilão algo, que jamais admitia :

    — Nada disso! - Exclamou com um tom grave na voz. — Cuidarei bem dela… - Rebaixou-se para um grau macio. — No começo será muito puxado, porém o tempo a fará acostumar-se. - Algo cheirava mal para a jovem, contudo acabou aceitando sua sentença sem alarmar. Despediu-se das companheiras e andejou até ele no intuito de seguí-lo.

    [•••]

    Parte do longo trajeto ela manteve-se calada. Ele que ao lado observava, não denunciava seu interesse de forma tão interrupta. Apearam defronte à uma porta velha de uma casa milenar. A mulher relanceou os olhos pela fachada do edifício e virou o rosto para o homem a espera de uma explicação. Assomaram-se segundos sem respostas :

    — Que lugar é este? - A face lívida do sujeito era serena. Aos poucos, o rosto baço dele distanciava do dela a sete passos quando ele tocará a maçaneta. Girou o seu gonzo e empurrou para dentro. — Entre.- Pediu. Suscetivamente, Ksenia fora transpondo naquela inerte escuridão. 

    Quis pensar que fosse apenas um dano elétrico até ver algo esvanecendo-se como uma névoa a sua frente. A visão era de um cenário sujo, com paredes cor de cimento e um chão precário por limpeza. Boa parte das quadrelas eram cercadas por prateleiras umas com livros, e outras com vidros empoeirados para que enfim, nota-se uma maca ao meio da sala mais para o fim com um resquício da luz solar a banhar o pano velho :

    — Não há ninguém aqui, evidentemente, que possa de maneira alguma apreciar uma natureza emotiva. - Falava numa voz lenta e clara, como se estivesse ditando suas memórias, e sempre olhava por cima do ombro da própria. Sua clareza espontânea para o dito do dirigente, foi pasma. Disfarçou sua gentileza ao apenas olhá-lo e não abrir os lábios :

    — Passará seu tempo por aqui…- Conversou, Conrrad não tendo mais argumentos para qual enrolá-la até fintar a mesa velha. — Gostaria que deitasse-se ali , pois, preciso examiná-la antes de levar no refúgio das combatentes. - Avultou. Florjan confirmou com a cabeça e olhou até a seguinte espécime de cama, andou e baixou o tronco para deitar. Os ossos das costas bateram no metal da cama e o sentido frio fez a mesma se arrepiar. Encarou a pouca luz que banhava sua testa e respirou fundo. Ambas as mãos ficaram quietas ao lado da barriga. De repente, uma faixa preta, foi passada ao entorno dos pulsos e canelas e amarradas fortemente contra as grades laterais. Ela não tinha ideia de como aquele lugar poderia ser tão quente. Começou a grudar fios de cabelo em sua testa e seus olhos contemplaram a vinda do homem com uma estaca de ferro em mãos :

    — Me cortará? - Questionou propriamente ela com o timbre esganiçado. A face gentil, solidaria e tão reluzente do senhor, desapareceu. O dedo indicador róseo espremeu seus lábios finos em prova de um pedido de silêncio rude. As sobrancelhas pretas dele, uniram-se no eixo da testa dando o ar de fúria. O equipamento, cortou o tecido da camiseta e não tardando logo depois, também cortou a pele. O intestino arreganhava-se perante a ele. O urro brandeou o recinto inteiro como um grito lancinante de quem estivesse sendo abatido. Os olhos azuis dela turvaram-se em lágrimas que escorriam pela face. Ásperas urzes num buque, foram passadas entre os órgãos e para aquele simples sádico, era apenas o começo. Seu rosto tinha um sorriso moldado que foram deparando-se com a triste expressão dela. Deu uma reverência antiquada para perto de seu ouvido e sussurrou :

    — Acha que me esqueceria de você? - Altercou. A risada emitida pelo próprio era abafada e deixando sua boca longe do ouvido dela, encarou aquela íris. Num simples olhar, bastou para que ela logo reconhecesse a tamanha identidade. Era o mesmo homem que por desumanidade, tirou a vida de sua mãe e que em suas outras vidas. 


    ” Eu tentei de todas as formas fugir daquele propósito… Ele sempre me atormentava nos sonhos e até mesmo os desejos que tinha anteriormente, ele ousará quebrar! Uma praga, pode renascer por décadas… Milênios… Por toda uma vida!”

    Índia - Flash Black

    A tigelinha estava a frente da menina que o velava com muita precisão. Aqueles lábios, cansados já de recitar as mesmas frases, calava para um longo descanso. Os olhos se fechavam com dificuldades com o farfalho de seu cilho perante a divindade, o Buda.  :

    “— Por que está tão triste?”- Interrogou, Buda com o rostro tranquilo. “— Há dias vejo você com esta face tão murcha… Não corre mais pelo templo com o sorriso iluminado e até mesmo, não vai mais ao encontro dos monges.”  - Emitida a voz remansada, a menina deixando-se levar pelo seu mestre e o confessa olhando para a tigela :

    — A vida… - Pausou com as sílabas pesadas. — Em toda vida, temos que enfrentar um mal? Sempre será assim? Não merecemos paz? Até das pessoas que mais nos atormentam? - Tais interrogações, fazia a estatueta se calar. Naquele mesmo instante, o arvoredo das pétalas de seda esvoaçavam no ritmo da brisa vespertina daquela tarde. As madeixas pratas e lisas da menina, caíram sob o rostro pálido escondendo as vertigens de suas lágrimas. A trindade sublime fez o clima ficar leve e a voz retomou o centro do argumento :

    “—  A dor é inevitável, o sofrimento é opcional…”- Ecoa a filosofia. “— Levando em consideração que as pessoas só podem nos machucar se souberem ao que damos importância, evitar o sofrimento inútil pode consistir, simplesmente, em dar um passo para trás…” - A menina docilmente se acalmou e levantou o queixo para contemplar a figura dourada. A rosa caiu na água e um perfume invadiu o recinto. O terço na mão, ficou folgado por tamanha tranquilidade. Aquilo era o ensinamento que por mil vidas, Ksenia nunca recebeu igual. Em muitos corpos, residiu muitas virtudes tomadas por bases em muitos mandatos, mas nenhum deles chegavam aos pés dos de Buda. “— Tudo o que somos é resultado do que pensamos; está baseado em nossos pensamentos e está feito deles. Não poderá deixar de pensar no sofrimento que vive, mas é nele que a tornará forte… É capaz quem pensa que é capaz.” 

    Volta às torturas

    “É capaz quem pensa que é capaz.” - A expressão, conflitava com os hormônios todavia, tudo tinha por dar errado :

    — V-V- Você… - Murmurou com sacrifício. O cabelo desgrenhado e o rosto suado dele, mexeram-se vagarosamente confirmando a sua desconfiança : 

    — Sim… O motivo das águas passadas que lhe fazia sofrer. - A risada maquiavélica marcava o espírito de um cérebro doente. 

    — Você é doente… - Sussurrou ela num tom fraco. Ele segurou-se para nãoficar louco, já tinha afeições ruins e ainda por cima, perante a um deboche, apenas pôde deixar as rédeas afirmada :

    — Lembra? - Iniciava o mesmo com a cabeça baixa. As mãos mexiam freneticamente e a respiração, mórbida. — Desde pequenos em Atenas, na primeira vez que a vi, senti que estávamos em completa conexão… Um choque de harmônia. Eu servia Atena, como ajudante do Partemon e você, a menina do aroma de rosas. Tão formidável beleza, não era só em aspecto, mas sua mente… SUA MENTE! Pura e frágil como uma rosa. - Fraquejou ao concluir. — Se não fosse meu irmão, vir a minha frente… - Resmungou. — O amaldiçoou a todo momento no qual lembro… - Encerrou. O silêncio dominou o alçapão até o foco domar a face da polaca. Seus olhos eram indecifráveis para ele e lembrar de algo que lhe marcasse e usar como arma num momento vulnerável, era um clássico jogo de cartas. O que tiver o melhor raciocínio, ganha. Espanta tamanha descrição na índole de Ksenia, e na presumível ignorância de Conrrad em coisas do passado como capricho pessoal :

    — N...Não. - Retorquiu Ksenia com gravidade para dar enlace. — Você nunca… Mereceu. - Rebuçou a voz falha. — Coragem, de tirar a vida do próprio irmão. Fez meu coração se despedaçar… Por quê? - Abaixando os olhos azulados só dele, a face da mulher era de pura condolência. Pálpebras úmidas pela visão marejada e um corpo quebradiço o fez fraquejar nos pensamentos e passou mais uns minutos refletindo :

    — Não suportava… Todos recebiam o seu amor até uma simples boneca, um pedaço podre de madeira, ganhava seu afeto e sempre fui repugnado! - Exclamou com petulância.

    — Bruto… - Tornou ela com mal rebuçada ironia. Tamanha desvaidade da garota, fez com que a paciência do sádico se esgotasse. A luz branca e baça da lâmpada, começava a falhar. Quando o clarão se apagou, um vulto convergiu estreito a sua direita. Parecia ter sido enfaixada com um pano negrusco e seu coração palpitava muito rápido. O intestino ali, aberto ao ar poluído começava a criar reações desmembro-as para o seu cérebro. Paranóias e ver o cenário rodar, parecia ser um dos efeitos. Como uma droga. 

    Tinir de metais dava a sifônia de fundo junto com vidros que se quebravam propositalmente. Barulhos mais graves como de gavetas e livros, compartilhavam o mesmo antro de desespero. Pela volta, quando se fora mais uma vez ver a luz, o corpo magro e alto do moço estava zelando a guarda da vítima que ali no descaso não tinha forças. Em suas mãos portava um alicate ; Aproximou-se de revés e pegou em sua mão. Deixou o nariz sentir a essência de seu perfume e enquadrou entre a linha horizontal pertencente aos dedos de certo narrando, aos quatro dedos dela e apertou com toda a coação que tinha. De repente, gritos escoavam e de quebra era incessível que alguém a ouvisse. O sangue pululava de fora de seus dedos e ele garantia o refresco com lambidas singelas. Aquilo tudo parecia estar abafado dentro dela… Por momentos de reprises em sua cabeça, memoriava as palavras de Buda, mas ainda não compreendia o tamanho conselho :

    — Eu sinto muito. Mas se não me amar, ficará na dor. - Seguidos dias, isso ocorria. Durante o dia, o jovem torturava massantemente com o corpo da moça molestando e até o estupro chegou, contudo quando anoitecia e as estrelas fulguravam no céu, seu comportamento sempre mudava. Um longo catálogo de flores ficava sempre expostas aos seus pés. Ele sempre ficava sentado numa cadeira bem de frente com a maca, chorando pedindo perdão. Muitas vezes, bebia ou a insultava em voz alta na altura do álcool acumulado na cabeça. Era simples aquela forma de vida destruída. Chegou a um ponto em que a pele de sadia e branca como uma morgada no aflorar dos 18 passou para o cinza dos mortos e as mãos, sujas de um vermelho escarlate chamativo. 

    [•••]

    Numa noite quando chegava da central, Conrrad abrira a porta atordoado. Tinha em suas mãos as flores todas amassadas e com os olhos avermelhados após altos copos virados, puxou a mesa com rebeldia e acendeu o abajur. Encarou furioso os cabelos refinados pretos e os puxou tirando mexas mortas. Ela, não reagia por pouca força até pelo menos, conferir virando a cabeça o monstro aparado bem diante a uma prateleira central. Estava com o dedo prostrado no queixo e observava com atenção. Puxou um bloco e dali tirou uma marionete de cabelos níveos e bochechas rosadas. Tinha um vestido bordado com rosas vermelhas e na mão, uma bolsa montava o conjunto. Virou sorrindo como uma criança e foi de encontro de Florjan. Passo a passo, o coração palpitava com medo e o corpo já acostumado, ficava a mercê de mais um abuso. A cinta da calça encostou ligeiramente no horizonte da cama. Explorou o triste semblante das duas e pegou a lâmina dentro do bolso :

    — Sabe? Nunca entendi o real motivo de você em todas as reencarnações ter ela. As vezes me perguntava, como seria ao invés dos seus belos pares de olhos azuis, tivesse este vermelho e preto… - Riu com desdém. — Vamos ver? - Propôs com ênfase negra. Os gemidos da morgada, ficavam altos como berros entrementes, o fidalgo vindo de Viseu imaginava o ocorrido, e tapou os lábios. O suor pingava na cabeça e as pernas perpendiculares dela se agitavam com raiva :

    — Pare! Cortarei sua testa deste jeito, vagabunda. - Advertiu grotesco. A lasca de metal penetrou nas órbitas simétricas e desenhando ao redor, o  ducto nasolacrimal foi estourado tirando o globo ocular até ter por completo na mão. A unha da garota, crespou no colchão retirando a espuma vencida para fora. O moreno usou o braço de suporte em cima do seio dela e jogou a sclera de cerâmica.  Afastou alguns passos para trás e defrontou com a obra-prima. 

    A troca de sclera criou uma reação negativa no organismo central da menina. As visões dos maus tratos, transtornaram os neurônios não dando mais limites para o que era presente ou passado, futuro. Nada ficava no traço plano daquela mente que aos poucos afundava-se na perversidade. Conrrad não sabia mais o que poderia acontecer… Tudo estava ficando fora dos limites. Semanas se passavam e tribulavam a tão arriscada rotina da menina que um dia teve seu livramento ; Conforme os ritos do homem, as condições primárias de manifestações de fenômenos psíquicos na garota, se aprimoravam com o tempo exato de segundos. No dia no qual agora remete-se, a sala está toda escura enraizando apenas, uma luz de vela pálida que estava metros de distância da cama. O lençol antes branco quando tempos ali entrou, resguardavam-se vermelhos sujos pelo seu sangue. Mãos e pés em pura carne viva e a face morta com expressões profundas. Os transtornos cerebrais criavam reações físicas a todo momento. As vezes cerrava os punhos fechados contra o próprio leito e quando assim sempre que despertava, tinha a noção de ter o corpo totalmente fragilizado como de um animal criado para o abatedouro conquanto, não permaneceu só naquilo. Os pulsos esquálidos, moviam-se como uma dança suave pelo colchão basteado de lã até sentir a fivela fria do cinto que a prendia. Arrepiou-se por alguns minutos sentindo um incomodo daquela posição e para se livrar, tentou subir mais os braços para alcançar a cabeça. Algo em nota ocorreu ; dado a dias inexpressíveis sem alimento apenas na base “da bondade” de Conrrad, as medidas superficiais do corpóreo haviam se perdido resultando, num emagrecimento inopino. Com dificuldades, ela encargou paralelamente as mãos a seu lado e ergueu o peitoral para frente.  Livradas, agora desamarrava os pés e virava-se para descer. Fixação por aquela coloração acinzentada sem vitabilidade, sem nada. Fechou os olhos ansiosa por sua liberdade e respirou profundamente, enchendo seus pulmões. O dedo liso descia e quando tocou o pavimento… Caiu. O chão se transformou, em campo. Devaneio... Eis aqui… Grécia! 

    Flash Black - Grécia

    Sob a luz da aurora, a menina havia combinado prontamente a ver seu amado, Ernest bem perto da colina onde localizava-se um jardim onde o segador não entrara mais. Havia vestido o melhor tecido e de rosto limpo quis ir do jeito que fosse sozinha com uma cesta de frutas que havia colhido perto do templo de Deméter, no leste de Atenas. A caminhada não era árdua como uma agricultora, tinha bastante resistência e o vigor de ver a pessoa que a dias ansiava, dava-lhe sustento para dar continuidade. O vento sopra livre e a luz com suas inquietas mãos de ouro, move as trêmulas folhas. Havia flores não tão esplêndidas, talvez como as quais a garota cultivava, mas tinha uma fragrância marcante. Jacintos que exibiam um peito e o frescor, adocicava o ambiente junto com as colinas relvadas que ali. Um corpo, estava escondido entre uma pilastra de pé no topo com uma pequena escol na mão. Não dava para reconhecer, pois a sombra o vendava. Ficou ali, encarando a espera de um sinal que pudesse confirmar seus desejos até que viu a massa se mover. O coração bateu-lhe com força. Um grito de alegria saiu de seus lábios, quando ele deu um passo para a luz clara. Quando assim o fez, o tal desceu de onde estava e ficou defronte com a enamorada. Ofertou-lhe a rosa branca e afastou a mecha de cabelo que caíra em seus olhos. Não precisavam de palavras para se comunicarem… O silêncio deixava o que cada um queria transmitir para o outro. O palmo estava apertando o estômago com muita contrição. Ela devagar, levantou o tecido da camiseta e viu um curativo a envolvê-lo e antes que mesma pudesse dialogar, uma outra figura presenciava a localidade atrás da lacuna :

    — É intolerável ver que consegue mesmo sabendo do meu amor, me trair desta forma… Ernest. - Conrrad, no ensejo da Grécia, tinha cabelos loiros e olhos escuros bem adverso com a atualidade. Neste tempo que a fúria contra seu irmão era bem alimentada. O dedo foi elevado e uma chama atrativa se expandiu. Era mirado bem na direção do casal que fora despejado percorrendo um trajeto dinâmico pelo oxigênio. O corpo alto de Ernest, abraçou Ksenia dando segurança que não fosse atacada. A energia impactou nas costas bem no eixo da coluna e fez com que o impulso, derrubasse a donzela contra a grama. Fisionomicamente, o rapaz virou-se encarando sectário malevolente e começou a andejar bem rumo aquele :

    — Se a amasse… Construiria ao invés de destruir… Seduziria e cuidaria e não apenas almejasse tamanho repugno nos demais. - Atalhou. A réplica o feriu seriamente e um peso massacrante alavancou o próximo passo ; Esticou o dedo a frente do corpo novamente e fez contagem de um até três para o respectivo irmão. Ernest, arregalou os olhos e não quis se alarmar. Virou com dificuldades para Ksenia e fechou os olhos com grave tristeza. Sem demora, volveu com o pé e correu com dificuldades para perto do ornamentos de gesso uns tombados e poucos erguidos tentando esconder-se da ameaça. [...] Conseguia isso em defesa por minutos fracionários até a escolha for errada. Tentou sibilar deslizando turvo pelos jardins de amendoeiras. A contia de partículas na ponta do dedo do confrade não poderia resistir por muito tempo. Foi-se eliminada bem na hora que Ernest conseguia voltar para perto da namorada e por um vil deslize, foi afetado na lesão e brutalmente morto. Os fios de cabelo emaranhados pelos seus dedos, foi uma lembrança : 

    — Ksenia...Arrhg. - Pronto. O testemunho de uma dor.

    Sala de Conrrad
     
    Quando a verdade lhe exasperou, soltou um grito selvagem  de desespero e caiu soluçando no chão. As têmporas latejavam e a mulher gritava a plenos pulmões totalmente enlouquecida. A fragilidade que uma dor traz, é capaz de fazer um coração sofrer. Seus soluços foram se tornando cada vez mais fracos  de repente, viu as madeiras do telhado se intercalarem e teve uma ideia algo que prestaria de grande auxílio num momento invectado.

    [•••]
     

    O par de botas sujas adentrara aquele recinto. Olhos calmos, pois sabiam que ali não poderia temer nada além de sua vítima. Quando soberbamente, foi visualizar a procura das madeixas pretas da companheira  até ficar totalmente horrorizado.  A cama estava intacta apenas com uma rosa branca. A curiosidade tomou conta de si e com passos divagares o que fez o solado ranger, ficou no centro da sala. Atingindo uma saleta na sua ala esquerda, apoiou-se em um raio de luar para recuperar a mente e começou a tentar avaliar a situação. Jamais, imaginou aquilo acontecer.  A linha negra do compacto mais acima camuflava o pequeno corpo de Ksenia. Seus braços finos, estavam bem a frente das duas pernas abertas. Os seus olhos brilhavam como brasas. Uma entrada de corrente fria, invadiu a sala e fez o homem se acolher. A vela se agitou com um movimento que passava rapidamente em suas costas. Era ela. Ksenia estava bem atrás dele, com a estaca na mão e carregava um olhar de fúria. Passou para frente com o avanço do pé e deu-se por séria :

    — Esquecer que ocorreu não é bem seu tipo… Não é mesmo Conrrad? - Ironizou a mulher. — Pois bem, se é do passado que quer tratar, vamos falar do passado! - Ele virava-se com puro olhar de terror. Via ao lado a cama vazia  e ficou sem entender. Encarou os pulsos e viu que ela mesma os sondou e lamentou pela inteligência instituída para com a  mesma :

    — Você saiu… Volte! - Gritou com o dedo apontando a maca. A fidalga negou com a cabeça e apassionou a sua frente. Deixou os olhos ter mais penetrações na dele e elevou a mão. A lâmina curva, abscindia os músculos do rapaz o inferindo com profundeza. As lágrimas caiam-lhe como ácido, mas aquilo tinha um sabor bom. Vingança :

    — Não será eu que morrerá… Não é? - Deu-se ênfase para sua face lúgubre. Observando aquele ato, Corrand não podê resistir. Fez a mão ficar mais tremula compelindo com mais força a paleta  para dentro de sua barriga :

    — Mal posso acreditar. - Sussurrou. As pálpebras pesaram e parecia que a cabeça começava a girar. O corpo amoleceu e caiu para trás. De certa forma, ao fazer aquilo, havia uma beleza quase mítica e romântica, havia também, uma aparência austera. Nem um nem outro por ali refletiu a sua verdadeira forma.  Ela agora observava-o ali caído inofensivo desta vez. Sentiu uma forte dor em seu peito, mesmo sabendo que era necessário, mas depois acabou concedendo sua missão realizada. Virou-se de costas com dificuldade e largou o pequeno armamento sujo de sangue… Outrora quando chegou no espaçamento da porta, sentiu uma forte impressão sobre-humana. Suas pernas bambeavam e seu corpo parecia não ter forças para suportar o próprio peso. Grande curiosidade instigante, a fez cair contra o solo. A mão sustentava as pilastras ósseas que ainda lhe pareciam estar fixas até rever os olhos abertos de Conrrad :

    — Desgraçado… - Amaldiçoou. Dentro de seu corpo, uma reação controversa estava deixando a situação inusitada. Sentia seu coração se mover sem parar de uma forma louca. O sangue a rejeitava. Seus órgãos pareciam saltitar dentro de seu corpo era algo, realmente nojento. As costas tacadas pelo frio sangue, a transformou em uma víbora que iniciava seus crastejos próximo
    a lateral de Conrrad e o observou pela última vez. Os dedos pousaram no peito, ainda sentindo um calor fraco do sangue. Olhou para si mesma e começou a chorar, serrando as próprias mãos. Provar o gosto daquele sangue sujo que a fez sofrer parecia lhe salvar, mas quando o peso da consciência fala mais alto que a necessidade? 

    Tudo que gera ação, tem sua reação - 痛み

    Por minutos, tão pesados a loira refletiu nas circunstâncias que levaria em mais um ato. Sabia que a morte para aquele ser impuro era muito pouco, mas devorá-lo? Poderia ser demais e quanto mais ficava mimosa com a decisão, seu organismo não aguentaria mais. Forçadamente, ainda ousou usar o escalpelo para abrir o peito e a barriga de Conrrad no intuito de revistá-lo. O Cheiro forte a fazia entorpecer por alguns minutos. A pele da pálpebra tampava o olho de boneca cerâmico. Instigantemente quando já se via, aquela mão deslocava com facilidade os pulmões e num ponto raso de seu pescoço que se abrira, conseguiu visualizar toda aquela situação. Respirou fundo querendo que tudo desse certo e começou a desencaixar. Seu cérebro já tinha alucinações psicodélicas e em modo defesa, estava estável. O coração bombeava mais depressa e só quando o término se veio, acabou comprimindo um comportamento mediano :

    — Sentir o seu gosto dentro de mim… É horrível. - Lamentou. O peito erguia destampado com algumas gotas a marcarem o concreto. Revistou os bolsos já sem conseguir enxergar um palmo a sua frente e sorriu. Agulha e linha, parecia ser a próxima tortura que sofreria e agora, ela sentiria vindo dela mesma. Segurou a linha e tentou passar pelo pequeno buraco na parte supra do metal três vezes no mais tardar e inseriu contra a pele. Não sentia mais dor e nem sabia como defini-la depois dos dias que passou. Apenas puxou todos de forma simples, na formações pequenos “xises” vermelhos e deitou-se abatida. Fechou seus olhos, e jornadeou. 

    Uma pessoa que acreditava nas reencarnações ela estava condecorada a viver em diversos mundos. Não se há fim a ela e de certo, jamais haverá. O corpo já destruído de Ksenia não tinha mais utilidade ali, porém a intervenção divina em seu espírito a fez, ir muito longe tão longe a frisar nos tempos mitológicos. O exército de Hades, já a vista dela quando na adolescência, parecia recolher com alegria e entusiamos o novo brinquedo. Mergulhando nas trevas, junto com o frio profano da localidade já instaurada, o corpo adormecido derrapava com as curvas redondeantes junto com um ar súbito a depredar seu corpo comumente dito, um choque. Quando as pernas e o restante do encaixe tiveram contato com a terra, o rosto se ergueu para frente com uma imagem diferente. Os cabelos loiros tornaram-se mias densos  e os olhos pareciam ainda, remediar a mesma precisão azul e o outro transformado em porcelanato, uma cor preta e vermelha. Aquelas almas que desfilavam a sua frente, denunciavam de fato a localidade. O inferno? Era assim que se perguntava. Jamais nas demais reencarnações, viu o inferno da forma que lhe apresentou. No termo budista seu descanso obviamente veio para estas eras futuras e na grega, as cinzas de seu corpo parecia ter desviado o curso natural da religião grega. Pulando qualquer conclusão do que viera ser o novo caminho da mesma, seus pés começaram a andar pelo local observando tudo de forma mais bela e precisa até fintar a sua irmã mais nova na antiga era indiana. Ficou estática vendo que aquela religião não permitia choques atemporais até correr
     em direção de Dharma. Seus berros pela garota que também reecoava e corria mais a frente a fazia ficar apreensiva e ao mesmo tempo entendendo a mensagem para rumar a um novo destino. 

    Durante dias trilhou uma passagem bem estreita seguindo a irmã mais nova que aos prantos apontava com o dedo indicador sujo para um imenso castelo. Ali na chegada declarou-se da seguinte forma : Recepcionada pelas aparências austeras dos espectros, a mulher teve que ser de certo, julgada por todos os seus erros. Erros, que atraíram a atenção do malfeitor e representante vulgo, Hades o deus do submundo. O começo quando ela recebia as chicoteadas como penitência fez o deus refletir no sistema de resistência, tomando por base diversas conclusões e precipitações. Tais holocaustos só ocorriam no badalar da meia-noite onde o sangue que se desvia era usado diretamente para a lubrificação da prisão onde cérbero resguarda. No último dia que isto ocorreu em questão, a sala estava quieta nenhum som abrangia com tom solene a fazendo piscar os olhos. Das sombras, o corpo infantil de Dharma aparecia desta vez empurrando um caixote até a frente da irmã a soltando de duas correntes que pendiam seus braço grosseiramente para trás :

    — Dharma. Você não deveria  estar no campo do desterro? - Demandou de forma baixa sem esforço Manjari. Os olhos com de âmbar da menina foram de encontro com os dela cheios de lágrimas. Um terço abrasivo de tonalidade tão escura foi enrolada nos dedos de carne viva da jovem mulher que concebia de uma feição totalmente pasma. Um empurrão com a mão, a fez esbarrar na montagem paronímica da urna que por consequência abriu-se demonstrando o flash de uma armadura quase que já fresca em sua mente. Lembrou-se que no temporal das reencarnações, aquela vesta ocasionou uma batalha a fogo em Atenas a fazendo tremer. Tocou no recipiente e sentiu um choque a dominar o corpo deixando as partes se deslocarem até o peito. e suscetivamente aos demais. A raiz da íris brilhou com mais intensão obscura fazendo a menina dar a última palavra :

    — Você recebeu uma maldição… Atavaka. - E o couro canta saudando a nova espectra, Manjari de Atavaka. 

     

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    Mensagem por Doom 31.10.15 23:20

    Não vejo erros capazes de reprovar sua ficha, portanto, ela está devidamente aprovada. Faça bom proveito de sua vestimenta.

      Data/hora atual: 28.03.24 8:53